domingo, 15 de novembro de 2009

Pela socialização do conhecimento.


Ok, antes de mais nada quero deixar bem claro que sou uma capitalista desgraçadamente apaixonada por tudo aquilo que o meu dinheiro pode comprar e acima de tudo, um ser totalmente egoísta que não conseguiria dividir os seus bens com as demais pessoas, a não ser, claro, o conhecimento. Única coisa do socialismo que agradou gregos e troianos.

Claro, que isso não é algo exclusivo do socialismo, até porque o maior êxito nesse quesito foi de fato dos países capitalistas (desenvolvidos, óbvio), mas foi a partir do manifesto comunista que muitas nações se deram conta de que, para que haja uma mão de obra de qualidade que impulsionasse suas economias, era mais do que necessário que a educação atingisse a todos, desde os filhos dos operários aos filhos dos patrões. Trocando em miudos, conhecimento gera dinheiro e desenvolvimento.

Aplicando isso aos dias de hoje, e principalmente, ao nosso país, aos poucos não só os governantes mais como o restante da populução tem se dado conta disso. Todos tem a péssima impressão de que, só não estuda quem não quer. Mentira! Não faz tanto tempo que a falta de vagas em escolas públicas na cidade de São Paulo (vulgo a maior cidade do Brasil e a mais rica) tirou a oportunidade de muitas crianças e jovens de terem acesso ao ensino fundamental e médio até o meio do ano, quando possivelmente o estado e a prefeitura conseguiriam dar um jeitinho de colocá-las em seus devidos lugares, digo, em salas de aulas. Também é de conhecimento de todos sobre a qualidade das escolas do interior do Brasil, onde faltar giz e lousa é algo mais do que comum, sem falar das distâncias que as crianças precisam percorrer para conseguirem, quem sabe, estudarem. Falando em qualidade, ao todo, a educação pública brasileira vai de mal a pior, salvo em algumas escolas, que são poucas. Professores sem motivação e com salários desagradáveis geram alunos com total desinteresse pelas matérias, que vindos desde o ensino fundamental educados dessa maneira, se tornam esses alunos com o mínimo de respeito pelo próximo, donos de suas próprias regras.
E as universidades? As públicas desde sempre tem sua grande maioria alunos saídos de escolas particulares, e os que vierem da educação pública, geralmente tiveram ajuda de algum cursinho pago por seus pais com muito sacrifício. Há excessões, como em tudo na vida, mas são poucas infelizmente. Logo, estes que não conseguiram passar em universidades públicas ou desmotivados com sua bagagem educacional, apelam para as universidades particulares, que deveriam ser instituíções educacionais e não meras empresas de conhecimento, oferecendo inúmeras vantagens em seus parcelamentos e descontos.

No ínicio, quando eu disse que aos poucos os governantes e a população tem se dado conta do fato de que só o conhecimento pode impulsionar o Brasil, me referi as iniciativas do governo de melhorar a educação. Com a plataforma Freire que visa dar faculdade aos professores da rede pública que não obtiveram seus diplomas, além de dar a oportunidade destes de se especializarem em algum campo específico ou mudarem suas licenciaturas. Com o ProUni, que tem dado a oportunidade a tantos estudantes de entrarem em boas faculdades gratuítamente. Com as reformulações do Enem, que segundo o governo, espera em 10 anos unificar todos os vestibulares, como já é feito na França, Canadá, Alemanha e Estados Unidos, provas mais justas na avaliação geral dos alunos.

Bom, de grão em grão, acho que construíremos um Brasil mais desenvolvido, não?

4 comentários:

  1. Ok, confesso, NÃO SEI FAZER TEXTOS CRÍTICOS, hahaha. Me demita rafael

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  2. haha E quem disse que não sabe? A melhor crítica é aquela que mostra a realidade visceral mesmo na lata.
    E sim, eu acredito que a gente pode construir um país "um cadinho" mais desenvolvido sim, não fechando os olhos e apoiando as poucas iniciativas de incentivo a educação que vemos no nosso "pobrinho" país.

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  3. [epa... já me obrigaram a revolver o caderno das notas... sei que anda por aqui... mais um bocadinho...ah:

    "A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros"... parece mentira, mas foi a Anais Nin que disse isso. onde é que está a folha para assinar?]

    um imenso abraço
    meus caros jornalistas

    Leonardo B.

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  4. Concordo. Tô bem otimista com as mudanças dos últimos anos. São tímidas, ainda... e a dívida é muito velha e enraizada. De toda forma, houve avanços, sim. Só militante do Serra é que não vê.

    Por outro lado... o mesmo grupo que conseguiu botar quase todo mundo na escola (a escola ainda é ruim, mas isso é outro papo) também conseguiu colocar na Diretoria da Caixa Econômica Federal o tal de Moreira Franco que, há uns vinte e poucos anos atrás destruiu os CIEP's no Rio antes mesmo que o projeto pudesse apresentar quaisquer resultados. Na minha ditadura, Moreira é PAREDÓN!

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