segunda-feira, 30 de novembro de 2009

E viva a liberdade de imprensa!

Era uma vez um país latino americano onde, muitos anos após o período medieval, começou a se preocupar com a construção de castelos com a ajuda involuntária de seus habitantes, onde os legisladores ganhavam uma mesada a mais para votarem em leis importantes para os quase 100 milhões de votantes, uma mesada da qual eles não assumem que ganhavam por terem sido bons garotos obdientes e fiéis aos seus partidos, onde ter dólars na cueca é tão comum como limpar a bunda com euros, onde senadores se envolvem com jornalistas sedutoras e as engravidam secretamente, pagando as pensões alimentícias atrasadas com os impostos daqueles pais de familia, que assumem a responsabilidade de dar o que comer diariamente aos seus filhos e esposa, com o suor do seu sacríficio diário de 8 horas, onde um senador, que por ventura já foi presidente do Brasil, compra um estado e dá-o de presente a seus famíliares, onde se elege por um estado do qual ele não se lembra o nome da capital e onde, acreditem, ressuscita um monstro chamado censura, proibindo um dos maiores jornais desse país de ter a tão famosa liberdade de imprensa e revelar a nós, contribuintes e leitores DESTE jornal, a verdadeira história. Retrô demais para a década de 2000, mas como a moda está em tudo, não é só nas roupas que os anos 70 e 80 tem estado com tudo.

Esse país latino americano, por ventura, não se chama Brasil, muito menos, esse senador, José Sarney.

Pois bem, O jornal ESTADO DE SÃO PAULO, carinhosamente chamado de o estadão, foi punido por publicar notícias que, segundo a familia Sarney, "não condizem com a verdade". A condenação os proíbe de veicular quaisquer notícias envolvendo o nome da sagrada família Sarney, sob a multa de 100 mil reais, por notícia publicada.

E de todo o modo, Sarney está certo. É claro que é mentira que ele contratava seus familiares e amigos para cargos concursados em Brasília, acredito fielmente que é pura coincidência e todos estão lá por seus esforços, horas e horas estudando e mais algumas sentados com caneta e folha na mão, suando frio a cada pergunta respondida. Outra mentira muito óbvia é ter o controle sobre os principais orgãos de imprensa de uma estado como o Maranhão, proíbindo que as notícias sobre seu filhinho pródigo Fernando Sarney fossem veiculadas nos telejornais locais, por favor, sejamos sensatos, acham mesmo que ele faria uma coisa assim? Um teste regional da volta da censura, a mesma da qual ele, nos anos 80 e em seu mandato como presidente da república, repudiava e dizia com o peito estufado que lutaria contra pelo resto de sua vida. Mentira também, que Fernando havia criado multinacionais fantasmas e investido dinheiro público nelas, dos quais, em pouco tempo, os lucros eram totalmente particulares. Qual é? O cara não pode dar emprego aos mortos desempregados gente? Se fala tanto do desemprego, desses pobres coitados em filas gigantes em busca de vagas como faxineiros e garis, que seja, pagando menos de um salário mínimo, o desespero estampado nos olhos e gritando em seus estômagos; mas, quando um cidadão honesto como Fernando Sarney, filho do senador acima de qualquer suspeita, José Sarney, faz algo para que essa situação possa mudar, ajudando aos pobres mortos, esses fantasmas que só ocupam o lugar dos vivos nessas longas filas por um prato de sopa e assistência social, todos se revoltam contra ele! Que absurdo! Inclusive um dos maiores jornais do Brasil, o estadão, anda de perseguição contra ele, fazendo escutas telefônicas inapropriadas e quebrando sigilos telefônicos. Por isso inventaram a mentira do ano. Acreditem, ELE FOI CEN-SU-RA-DO. Isso mesmo, andaram chamando uns censores aposentados desde 1985 para ficarem de olho no Estadão.
O que descobriram? Nada demais né gente, só umas ligações para pizzarias, telesexo nos finais de semana, uns pedidos de descontos nos materias de construção da ferrovia norte-sul, uns cala-bocas em relação a rede Tv Mirante, filiada da rede Globo (que por ventura andou falando mal do Sarney), umas contratações de amigões de peladas para trabalharem no senado ás sextas feiras ( claro, pedindo sempre um engradado de cerveja, pro happy hour), sem esquecer do namoradinho da netinha, um jovem sonhador e desempregado, como tantos outros jovens brasileiros e como, bom político de bom coração afim de dar o exemplo, acabou contratando o rapaz, também tiveram outras contratações, para as empresas fantasmas do Fê (inclusive, fala-se muito do gasparzinho como gerente e Chico Xavier como diretor executivo), E como pude me esquecer dos atos secretos! Se são secretos, porque é mesmo que a gente deveria saber hein?

Mentiras a parte, é hora de sermos realistas. É asqueroso saber que nossa constituíção pode ser mexida a qualquer momento por um velho gagá e cagão como o Sarney, que não tem o mínimo respeito com história da qual ele próprio ajudou a escrever, um covarde que não consegue encarar a opinião pública de frente sem apelar para seus advogados e amigos do Supremo Tribunal. Muitos idealistas morreram e foram torturados para que jornais, como o Estado de São Paulo pudessem ter a liberdade de nos informar sobre qualquer ato, secreto ou não, que sejam do nosso interesse, porque não se esqueçam, é do nosso bolso, das 8 horas diárias dando o cuzinho por aí, que todos os trabalhadores do congresso nacional são pagos. Sendo eles reais ou fantasmas. Sendo tudo isso verdade ou mera mentira.

6 comentários:

  1. a liberdade, seja ela qual for, é sempre bem vinda

    ResponderExcluir
  2. Escrevo aqui sobre o post anterior.
    Apesar de não concordar com algumas coisas tiro o chapéu para você, essa demagogia da mídia me causa nojo.

    ResponderExcluir
  3. Bah...eu nem começo a escrver sobre isso porque é muito extenso...daria pra calçar muitas mesas comlivros sobre barbaridades que vão coninuar. A menos que pessoas como tu tenham acesso ao grande público, sem entrar no picadeiro, porque dái vira palhaçada..

    ResponderExcluir
  4. Gostei muito do seu blog, gostaria que você fosse conhecer o meu www.odeliriodabruxa.blogspot.com
    Um beijo
    Denise

    ResponderExcluir